segunda-feira, 20 de setembro de 2010

palavras

de repente o tempo muda. de sol para vento forte e frio. muda como mudo. minha mente dá mil voltas entre altos e baixos. sou natureza selvagem. acostumada a baixas e altas temperaturas. a calmarias e ventos fortes. me fiz assim. a construção inicial foi móvel. volátil. imprecisa. minha raiz sou eu mesma aonde quer que eu vá. finco minhas pegadas pra logo sair. ir para outros sítios. errante é minha alma. não se contenta em estar. quer sentir a mais pura verdade. incabível. a verdade sentida é subjetiva. pois apenas eu a sinto. a natureza me acompanha nos dias e noites. na noite, em silêncio, oculta meus pensamentos mais secretos. de dia ilumina o quarto marcando que é hora. o ritual diário me cansa. cansa ter que fazer tudo aquilo que sabemos que se vai. bonito é nós irmos. como as ondas do mar que vem, transformam aquele espaço de areia e voltam ao mar. gosto de transformar espaços. torná-los mais bonitos. talvez a cada transformação modifico um pouco mais em mim o que tenho de tanta sombra. meu sorriso irradia o sol. não sou indiferente a sua luz, ele me ilumina. hoje to assim meio água que corre, folha que cai, mato verde que se estende até tocar o céu. minha inconstância, agora apaziguada, sente-se bem em ouvir esse sopro forte dos ventos na janela. a maré sobe. o mar deve estar revolto em toda ilha. me solidarizo com ele e entendo a sua força, toda tormenta que envolve também meu ser, calmo, estático embora revolto e sempre inquieto!

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